sexta-feira, 25 de novembro de 2011

RESILIENCIA


Não é o mesmo por-do-sol que coloria o céu de laranja,
Não é a mesma brisa suave que soprava em meu rosto,
É o mesmo lugar de refugio, os mesmos bancos, a mesma praça,
o mesmo cenário de folhas secas jogadas ao chão,
o mesmo movimento de pessoas que passam,
o mesmo sol avermelhado que no final do dia nega o seu clarão.

É a mesma esperança estampada nos rostos dos sonhadores jovens,
a mesma conformidade destacada na face dos cansados velhos
sentados nas calçadas,
os mesmos sonhos utópicos de um futuro que não vem
contados no olhar de mulheres debruçadas nas janelas,
é a mesma vida que todos os dias passa diante dos olhares delas.

E a vida se repete com o passar dos anos
e o tempo se constrange com o passar de cada dia.

Tudo é o mesmo lá fora, porém aqui dentro, nada é igual.
há um preenchimento oco no peito, um desejo insatisfeito de
ser feliz afinal...
A vida esta sem vida agora, a vida já não é vida diante de
um coração que chora e todo o sentido da vida parece ser banal...

Aprisionei-me em meu desejo de ser feliz,
lacei-me por inteiro nas mãos de alguém que se lançou por completo
em minhas mãos também,
vivemos um paraíso enquanto negávamos a existência lá fora,
éramos o centro do amor que era o nosso centro enquanto durou,
mas que esta desfeito por completo agora...

...E a vida?...han!...segue seu curso...

...E eu?...hum!...sigo o caminho sem saber onde vai parar.

Sei que não importa em que ponto estou da estrada
pois quando preciso a vida sempre da seu jeito de recomeçar.
A vida é uma moeda de cada vez e o tempo é vida que perdemos
sempre ao viver.

Sei que sou marcado sempre pelas minhas escolhas,
as minhas dores posso deixar no ultimo ponto da estrada em que parei,
minha esperança me dará força para sempre continuar, e assim,
parando e andando posso sempre levar minha vida enquanto a vida
quiser me acompanhar.

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