Se desmancham em espumas brancas
ante aos meus pés descalços.
As ondas do mar ainda são as mesmas,
Quem mudou fui eu. Elas continuaram
seus infindaveis tragetos de idas e
voltas á essa mesma praia.
Elas se formam longe, onde o mar se
esconde, e correm apaixonadas ao
encontro da areia da praia, onde
desaguam de amor enquanto desmaia.
Eu tambem vou e volto, das minhas
idas. Das minhas vindas. Eu tambem
as vezes me solto, das minha teias
e venho encontrar. O meu eu perdido
na beira da areia, de frente pro mar.
O mar me diz muito, me trás canções,
me fala fundo. O mar, me é profundo,
me trás recordações que sempre me
encontram de pé na areia, a pensar.
As vezes penso, que o mar será
sempre o mesmo mar. De idas e vindas,
de ondas apaixonadas, de areias
acomodadas á se espalhar.
Penso que não haverá mudanças,
que esse movimento continuo nunca
acabará. E isso é bonito de se ver,
é lindo de viver, de se admirar.
De frente pro mar, aprendi grandes lições.
Aprendi que posso sempre o contemplar,
que o mar sempre haverá. Mas aprendi
também, que melhor que o admirar, é
tomar posse dele, num profundo mergulhar.
E sermos então somente um.
O mar e eu. Eu e o mar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário