sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Só.

As borboletas fazem amor com as flores,
a luz do sol se deita sobre minha pele,
há canção no ar, no brilhar do dia,
tudo em perfeita harmonia como se devia de estar.

Pessoas que sambam com o tempo,
corações que se queimam de amor,
mãos dadas nas ruas, olhares fitos,
bocas nuas, a borboleta e a flor.

Tudo segue seu curso normal,
o dia acorda e começa,
entre sonhos e promessas,
entre amores e beijos,
que se perdem no final.

Tudo, tudo é poesia,
entre sonhos, amores e dores,
mas eu, eu estou imensamente só,
não só de solitude ou só de solidão,
um só de ser só eu, um só de ser, então.

Um só de ser a nota dissonante,
de ser a expressão inrelevante,
de não compor o cenario,
estou só como antes, um só de solitario.

Um só de ser metade, um só sem você,
sem teu carinho,
um só de borboleta sem flor,
um só de morrer de amor, só de estar sozinho.


 

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